quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

La complejidad del otro... aceptar la diversidad!

A dita heterormatividade nos impõe a convivência em guetos, nos impõe o silêncio, impõe que não nos demos as mãos e trata nossa forma de carinho vexaminosa. Portanto a criação, aprovação e implementação de políticas públicas que assegurem os direitos da categoria LGBTT é de suma importância até mesmo para mostrar que homofobia é crime (PLC 122/2006 saiba mais) e que o nosso amor não é sujo e nem pecaminoso.




A idéia não é conseguir revolucionar ou mudar o pensamento de pessoas preconceituosas que não aceitam e nem conseguem dialogar com a diversidade, a idéia é sermos visto como seres humanos dignos de direitos e que podemos AMAR quem quiser... Como diria Butler, "lo important es dirigirmos al deseo que todos tenemos de aceptar la complejidad del otro, de lo diferent [...]" (BUTLER, Judith, 1990).



Que o diferente possa dialogar para ser compreendido, que as pessoas e suas escolhas sejam respeitadas.



Vanessa Galhardo

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Depressão, uma expressão da Questão Social?

Diante de um grande número de indivíduos acometidos pela depressão (sendo esta a quarta doença mais diagnosticada do mundo, segundo dados da OMS - Organização Mundial da Saúde) é interessante refletir sobre as relações desse mal estar com as transformações societárias, com a descontrução da civilidade em detrimento da barbárie acompanhada de uma série de mudanças culturais.

A partir de uma análise histórico-social crítica é possível identificar possíveis nexos entre a crescente onda da depressão, conforme apontado nas estatísticas, e a a forma como a sociedade atualmente está estruturada.

Essa reflexão, essa busca de aproximação dos temas entre depressão e questão social é possível ser feita a partir de alguns estudos preliminares sobre a complexidade das transformações no mundo do trabalho, onde entedemos e visualizamos as expressões multifacetadas da expressão da questão social resultantes da relação entre capital e trabalho, de uma implicação decorrente das diversas crises econômicas no cenário nacional materializada pelas diversas desigualdades sociais.

Sendo assim, é possível buscar a aproximação destas reflexões à especificidade da saúde mental, entendendo, sobretudo, as formas como os fatores sociais incidem sobre os corpos engendrando novas (ou velhas?) formas de sofrimento que denunciam esse mal estar contemporâneo.

Vanessa Galhardo

domingo, 10 de janeiro de 2010

Cuidando do Doente...




"Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
[...]
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro de um edifício
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando barbaro o espetáculo
prefeririam os delicados morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação" (Drummond).
Mafalda cuidando do doente... doente em tempo de absoluta depuração.
Pensai-vos... a vida precisa ser uma ordem? Pesa cuidar melhor do mundo, começando pelo seu?
Vamos cuidar da harmonia e da nossa evolução... a gente tem o sol na mão e o brilho das pessoas é bem maior!
Vanessa Galhardo.